Moendo os grãos.
O Ministério da Educação anunciará neste mês de outubro, em que se comemora o Dia das Crianças e Dia do Professor, uma série de novas medidas para conter os prejuízos do excesso de telas na saúde mental e no aprendizado durante a infância e adolescência. Seguindo pesquisas apontadas pelo MEC, as regras devem incluir escolas e privadas.
Guarde o celular, menino.
“O relatório mostrou que 1 entre 4 países já proíbe ou tem política de redução de celular,” afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana, ao mencionar um relatório da Unesco que recomenda restrições e até banimento total do celular em escolas. O documento apontado pelo ministro é de 2023 e, do ano passado para cá, de fato, as restrições só vêm aumentando em diversos cantos do mundo.
Na Europa.
A França é pioneira com uma lei de 2018. Alunos franceses já estão proibidos de usar smartphones – o uso do aparelho não é autorizado nem mesmo no recreio. De acordo com especialistas, um recreio livre de celulares é importante para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e a redução do cyberbullying. Há exceções para alguns alunos, como os com deficiência.
Na Grécia.
A proibição começou a valer no início deste semestre letivo e os alunos podem leva-los à escola, mas eles precisam ficar dentro das mochilas. A mesma coisa acontece na Dinamarca. Espanha, Finlândia, Holanda e Suíça são outros países em que também há leis para restringir o tempo de tela dos alunos.
Por aqui.
Já há um projeto de lei em SP para banir celulares em escolas da rede pública e privada do estado – e tem apoio de deputados estaduais de diferentes partidos do espectro ideológico, como PT e PL. No Rio, o banimento do celular foi instituído por decreto em uma decisão inédita que contou com apoio da maior parte das famílias. Novos tempos.